António
Costa e António José Seguro lá marcaram as datas para decidirem qual deles irá
para o poleiro cantar de galo. Esta pugna faz lembrar um galinheiro cheio de
galinhas que lá vão debicando e cacarejando à volta do galo-mor quando às
tantas um galo do mesmo galinheiro que aparentemente andava a dormir ou
distraído se lembra de que tem um despertador no papo e toca a cantar em dó
maior que a música em tom menor é mais para saudosistas e apreciadores do fado
faduncho. Só que o galo-mor que sempre cacarejou em fá menor porque é o som que
mais se ajusta aos despertadores de campanha não achou muita graça. Claro que
não tenho nada contra os galos a não ser quando estou em alguma casa do campo e
eles se lembram de dizer que aqui quem canta sou eu, como sucedeu quando passei
umas férias no Sabugueiro com a minha falecida. Aí apeteceu-me atirar-lhe com
uma sapatilha, que ele cantava mesmo debaixo da minha janela. E lá vamos nós
carpindo o nosso fado de ter de aturar mais um António. Porque quer nademos
pelo seguro que as águas andam agitadas, quer se imponha o estilo natatório de
costas, a verdade é que, mais uma vez, arriscamo-nos a que para a Calçada vá
outro António. Mas este país não tem outros nomes que não o de António? Caso
para dizer: chamem o António.
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