segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Os Galarotes

António Costa e António José Seguro lá marcaram as datas para decidirem qual deles irá para o poleiro cantar de galo. Esta pugna faz lembrar um galinheiro cheio de galinhas que lá vão debicando e cacarejando à volta do galo-mor quando às tantas um galo do mesmo galinheiro que aparentemente andava a dormir ou distraído se lembra de que tem um despertador no papo e toca a cantar em dó maior que a música em tom menor é mais para saudosistas e apreciadores do fado faduncho. Só que o galo-mor que sempre cacarejou em fá menor porque é o som que mais se ajusta aos despertadores de campanha não achou muita graça. Claro que não tenho nada contra os galos a não ser quando estou em alguma casa do campo e eles se lembram de dizer que aqui quem canta sou eu, como sucedeu quando passei umas férias no Sabugueiro com a minha falecida. Aí apeteceu-me atirar-lhe com uma sapatilha, que ele cantava mesmo debaixo da minha janela. E lá vamos nós carpindo o nosso fado de ter de aturar mais um António. Porque quer nademos pelo seguro que as águas andam agitadas, quer se imponha o estilo natatório de costas, a verdade é que, mais uma vez, arriscamo-nos a que para a Calçada vá outro António. Mas este país não tem outros nomes que não o de António? Caso para dizer: chamem o António.


Sem comentários: